31/10/2018

Atualmente, Daniella Terra é delegada titular da Delegacia de Crimes Contra o Consumidor e Torcedor - DECON

Disque Denúncia entrevista a delegada Daniela Terra

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Daniela Terra iniciou sua carreira como delegada no ano de 2008, quando assumiu o cargo de plantonista na 18º DP, na Praça da Bandeira. Em 2010 assumiu a 12ª DP, em Copacabana, e no ano de 2011, a 10ª DP - Botafogo. Em ambas as delegacias, exerceu a função de delegada assistente.



Entre os anos 2012 e 2014, ainda como delegada assistente, Daniela Terra passou a comandar a 28ª DP (Campinho). Foi à frente da Delegacia de Campinho que a instituição recebeu o prêmio de “Melhor Delegacia do Brasil” - baseado em pesquisas realizadas pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC Julita Lengruber. No período em que comandou a 28ª DP, a delegada participou do reality show “Mulheres de Aço”, exibido pelo canal GNT, e que tinha como foco acompanhar o dia a dia das profissionais da Segurança.



Em 2014, foi delegada assistente na Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis - DRFA e em novembro de 2015 tornou-se delegada titular sendo designada para trabalhar à frente da 33ª DP, em Realengo, conduzindo a integração com o Exército Brasileiro para a realização dos jogos olímpicos, sendo parte deles disputados em Deodoro.



Em março de 2016 assumiu a titularidade da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática - DRCI, onde permaneceu até março deste ano.



Atualmente, Daniela Terra é delegada titular da Delegacia de Crimes Contra o Consumidor e Torcedor - DECON



 





 



Nesses 10 anos de serviços prestados à segurança pública, qual a avaliação que a senhora faz dos desafios que teve nas delegacias por onde passou?



 



Como profissional da segurança percebo, e vejo com muita clareza, que a segurança pública foi por anos esquecida pelos Governos. Questões políticas/projetos apenas com ambições políticas ficaram em primeiro lugar. A segurança ficou em segundo plano. Justamente por isso os desafios foram sempre muito grandes. Mas mesmo com a escassez de policiais e materiais, eu vejo nos policiais a garra de permanecerem à frente combatendo o crime. Foram tantas missões, mas digo com total tranquilidade que foram todas muito bem cumpridas. Fizemos muitas investigações importantes em cada local que passei.



 



Durante o período em que atuou na 28ª DP, quais as principais ações que renderam à instituição o prêmio de “Melhor Delegacia do Brasil”?



 



Fizemos da Delegacia um local mais “humano”, o que deu mais segurança para as vítimas. Criamos um local brinquedoteca para as crianças poderem ficar afastadas e mais seguras quando os pais ou familiares as trazem para o registro de ocorrência.



 



Pegando carona no reality show da GNT “Mulheres de Aço”, é difícil, ainda hoje, lidar com as práticas operacionais das delegacias sem deixar a feminilidade de lado?



 



Eu digo que nós, mulheres, somos seres evoluídos. Desempenhamos tantas funções de uma só vez e ainda encontramos tempo para cuidar da aparência. A operacionalidade é só mais uma parte do trabalho de ser delegada.



 



Qual o papel da sociedade na realização e resultados positivos que envolvem a segurança pública?



 



A sociedade precisa compreender que só existem dois lados: o lado do mal e o lado do bem. A polícia é o lado do bem! É preciso se posicionar e cobrar aos nossos governantes mais recursos para a segurança pública. Para a polícia andar, é preciso apoio da sociedade.



 



Como a senhora avalia o trabalho desenvolvido pelo Disque Denúncia?



 



O trabalho desenvolvido pelos integrantes do Disque Denúncia é de suma importância para a segurança pública. Várias investigações das unidades que passei foram realizadas após tomarmos conhecimento de informações repassadas pelo serviço. O Disque Denúncia se tornou uma ferramenta de apoio e sem ela estaríamos dando horas de passos para trás. Nunca pode deixar de existir!



 



O que a senhora acha que é preciso melhorar na relação entre Disque Denúncia e Polícia Civil?



 



Na verdade, o que a gente precisa não é melhorar. Precisamos incentivar. É necessário que, não só os delegados, mas também a imprensa, divulguem o trabalho realizado pelo Disque Denúncia. Assim, reforçamos a credibilidade do serviço prestado.



 



Que recado gostaria de deixar à sociedade civil preocupada com os índices de criminalidade no Estado do Rio de Janeiro?



 



A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro tem profissionais de alta qualidade, e tenham a certeza que o investimento na segurança é o início caminho para combater a violência. Aliado ao incentivo na educação e saúde.