As informações do Disque Denúncia ajudaram a localizar os falsos profissionais em diferentes endereços
Equipes da Delegacia do Consumidor (Decon), com ajuda de informações do Disque Denúncia, prenderam nessa segunda-feira (8), cinco suspeitos de integrar uma quadrilha que realizava procedimentos estéticos ilegais em clínicas do Rio. Foram cumpridos Mandados de Prisão Temporária em Realengo, Rio das Ostras, Parque Anchieta e Duque de Caxias.
De acordo com a Delegacia do Consumidor (Decon), as investigações indicam ainda a existência de um mercado clandestino de falsos médicos ou profissionais sem registro que são contratados para diversos procedimentos.
A quadrilha realizava procedimentos estéticos de alta complexidade, como lipoaspiração, mamoplastia e Mastopexia (implantes de silicone), contudo, não possuíam qualquer estrutura para eventuais intercorências com os pacientes e, causaram inclusive, lesões corporais em um paciente de Nova Iguaçu.
O grupo utilizava influencers e postagens nas redes sociais para a captação das vítimas que realizariam os procedimentos em clínicas clandestinas, localizadas na Baixada Fluminense. As cirurgias eram realizadas por pessoas não habilitadas que se passavam, falsamente, por cirurgiões plásticos e anestesistas. Antônia Gerda Araújo Pinto, que tinha a função de atrair clientes e indicar a clínica, de acordo com as investigações, também foi presa.
De acordo com as investigações, Almir Paixão da Silveira Junior, segundo a polícia, é o proprietário da clínica Iguaçu Plástica Day e responsável por realizar procedimentos como lipoaspiração. No entanto, as investigações apontam que, além de não ter qualquer registro médico, ele é na verdade eletricista.
Já a mulher de Almir, Rafaella Ferreira Trovão da Silveira, seria responsável por gerir essas clínicas, contratar pessoas responsáveis pelos procedimentos (médicos com inscrição regular, mas que não são cirurgiões plásticos, médicos com situação irregular e até mesmo falsos médicos) e se associar a pessoas com grande influência social no meio estético a fim de coaptar vítimas.
A clínica foi interditada e medicamentos foram encontrados conservados em geladeiras junto a alimentos e bebidas para o consumo de funcionários.
Os presos responderão pelos crimes de Lesão Corporal Gravíssima; Associação Criminosa; Exercício Ilegal da Medicina; Executar Serviço de Alto Grau de Periculosidade. Foram encaminhados ao Sistema Prisional, onde permanecerão à disposição da Justiça.